Em primeiro lugar queria agradecer os votantes e “comentantes” aqui do blog que puderam nos enriquecer assunto sobre Renda Variável.

Tivemos um resultado, talvez previsível, mas que passa por uma questão psicológica e de referencial de conhecimento que venho formulando há algum tempo. Vou utilizar uma imagem divulgada hoje (03/05/2010), no Destak Jornal – SP*, que ilustra de certa forma este meu pensamento. Leia a matéria na íntegra aqui.

Sempre que nos deparamos com algo novo, buscamos referencia-lo com algum conhecimento já adquirido. Algo como o recurso de inferência utilizado para racionalizar este novo aprendizado. Estas referências vem dos meios que julgamos mais fidedignos para informações, entre eles, nocaso específico de investimentos, os informes e jornais econômicos.

Porém me atrevo a dizer que a visão de alguns meios de comunicação é ampla e genérica demais e isto somado a nossa tendência a generalização e racionalização, cria conceitos e até mesmo aversões há determinados tipos de atitudes. Isso se dá claramente com a Renda Variável.

Ao observar a figura acima, produzida e argumentada pelo veículo de comunicação, tem-se uma visão ampla e comparativa dos tipos de investimentos em relação ao cálculo de inflação. Porém olhar o Ibovespa, que nada mais é que a média de negócios de uma carteira teórica escolhida pelo montante de volume negociado em bolsa, não diz exatamente se o investimento em Renda Variável teve bom ou mal desempenho.

Ok, falei muito difícil talvez, mas vou tentar explicar.

A Renda Variável, é feita de vários tipos de indicadores, entre eles os Índices que são usados para exemplificar de forma simplificada o movimento dos ativos no mercado. Ou seja uma generalização. O que quero dizer é: Investidores experientes sabem que tudo depende de sua estratégia ou a quem confiaram a Gestão de seus investimentos. O problema é que, como diz Lorena nos comentários, quando juntamos nossos “trocados”, não conseguimos visualizar as oportunidades por falta de conhecimento e experiência. Nesse momento ficamos na zona de conforto como a Ana Paula Moura: na velha e boa Poupança.

Mas o que fazer no caso da Joana que diz “achar arriscado mas que vale a pena”? Ou mesmo tantos outros que tem medo de mudar de atitude e buscar crescimento do seu patrimônio?

Neste caso eu acredito em duas máximas: Conhecimento e Confiança.

Você precisa de um conhecimento mínimo para entender a lógica de mercado de Renda Variável. Este conhecimento está disponível em cursos, livros sobre o assunto e até gratuitamente na internet. Procure privilegiar as abordagens mais didáticas, pois existem muitos profissionais de mercado “ensinando” você a como investir através dele e não exatamente como funciona a Renda Variável. Falta tempo? Tudo é uma questão de organização: Duas horas de pesquisa semanais e você terá um belo conhecimento agregado depois de dois meses de aprendizado para então partir de forma mais tranquila para a segunda etapa. Estabelecer confiança.

Essa é a relação mais difícil de se obter e mais fácil de se perder das interações humanas, porém é essencial para o desenvolvimento de seu patrimônio e tranquilidade futura. A não ser que você disponha de tempo para estudos e práticas vivenciais de mercado, dificilmente se tornará um expert no tema. Mesmo que isso venha a ocorrer, a tendência é que demore alguns anos para tanto. Na verdade o que você quer é que seu dinheiro renda mais e estar ciente do que está acontecendo com ele, afinal ele lhe custou muito caro provavelmente.

O meio mais prático para que isso aconteça é estabelecer uma relação de confiança com um profissional de mercado que possa orientar a melhor forma de distribuir seus investimentos. Com o conhecimento básico que adquiriu na primeira etapa, você terá boas condições de debater com ele a melhor distribuição de seus recursos entre a Renda Fixa e a Variável. Procure profissionais experientes, pelo menos com 5 ou 10 anos de mercado para te auxiliar, e estabeleça com ele a melhor relação de confiança possível. Isso será determinante para o bom desenvolvimento.

Bom, esta é a forma que acredito ser possível desenvolver um investimento de longo prazo, com retornos futuros através da Renda Variável. Ela não é a “Panacéia Universal” para a pouca rentabilidade da Poupança pois envolve riscos, mas pode ajudar na composição de um investimento diversificado e de bom retorno.