Depois de muito tempo sem nada a dizer, resolvi escrever sobre algo, nada polêmico, mas que sempre me fez sentir viva: o trabalho.
Adoro correrias. Amo dois, três telefones tocando. Gente chegando, cliente ligando. Problema para resolver e ver eles resolvidos. Cliente indignado e depois agradecendo satisfeito. Produção, meta, projeto, criação, cores…
Adoro sair do escritório com tudo resolvido e chegar com a agenda cheia de tarefas para fazer…
Por muitos anos trabalhei conectada 24h por dia.
Então, sempre me auto-intitulei e todos concordavam que eu era uma workaholic.
Hoje isso já não me cativa tanto.
Esses dias li que há uma nova expressão: workalover!!! E pensei comigo, sou “holic” ou “lover”?
Workaholic: é uma expressão que designa uma pessoa viciada em trabalho.
Workalover: é uma expressão que designa uma pessoa amante de trabalho.
Para os dois perfis, o dia parece ser insuficiente para dar conta da agenda repleta de reuniões, seus melhores amigos passam a ser aqueles que de alguma forma tem ligação com seu trabalho, são pessoas que geralmente não conseguem se desligar das tarefas nem nas horas de lazer, e por ai vai…
Mas a grande diferença entre eles é que um é compulsão o outro é amor!
Segundo Wanderley Codo, um dos criadores do termo e professor do laboratório de Psicologia do Trabalho da Universidade de Brasília (UnB): O workalover, embora trabalhe demais, consegue brechas na agenda e não compromete outras áreas. “Sua dedicação está baseada no prazer”, explica.
O workaholic tem sua identidade no trabalho e não se sente útil ou gratificado fora desse ambiente. “A maioria não sente prazer em outras áreas da vida”, explica a psicóloga Ana Maria Rossi, presidente da seção brasileira da International Stress Management Association (Isma-BR).
Então chego a conclusão que fui workaholic e hoje sou workalover.
Estou buscando aquilo que me dá prazer de fazer, realmente. Não apenas aquilo que me deixa mais envolvida, não apenas aquilo que me paga mais, não apenas aquilo que toma mais o meu tempo ou a minha atenção.
Procuro ter hoje, e quero ter sempre 24h de produção boa, de satisfação completa, seja profissional e pessoal.
Só amo o que eu faço, porque mesmo me dedicando em tempo integral, sei o valor de dividir momentos com os amigos e não necessariamente amigos de profissão. Hoje, já não abro mais mão de ter uma vida social, de me desligar dos problemas. O termo “desligar da tomada” é bom, renova as energias, para seguir trabalhando!
E concluo que o que importa é se a pessoa é feliz e realizada, mesmo se considerando workaholic ou workalover!
Eu sou workalover! E você?